Como as Tecnologias Sociais da Memória podem inspirar ações em um mundo em crise? Essa é a provocação central da 1ª Conferência Internacional de Tecnologias Sociais da Memória, que acontece em outubro e novembro de 2025, com atividades virtuais e presenciais em São Paulo. O evento será um marco para pesquisadores, educadores, artistas, ativistas e demais profissionais interessados em memória, justiça climática e cultura.
A Conferência é realizada pelo Museu da Pessoa, em parceria com o SESC Centro de Pesquisa e Formação e o StoryCenter (EUA), que, desde 2006, promove Digital Storytelling Conferences em parceria com universidades e organizações internacionais, proporcionando à comunidade global uma oportunidade de trocar ideias e compartilhar experiências.
A Conferência Internacional de Tecnologias Sociais da Memória integra a programação da 12ª Conferência Internacional de Digital Storytelling, realizada pela primeira vez no Sul Global.
A Conferência é um encontro inédito que reúne vozes de diferentes partes do mundo e do Brasil — de guardiões da memória indígena a agentes culturais, de Pontos e Pontões de Cultura a organizações que atuam com patrimônio e memória viva. Com uma abordagem inclusiva e transdisciplinar, o evento é um convite para quem acredita no poder das histórias e dos saberes populares como força de transformação diante dos desafios globais.
Líder indígena, ambientalista, filósofo, poeta, escritor brasileiro da etnia indígena Krenak e Imortal da Academia Brasileira de Letras. Fundador da ONG Núcleo de Cultura Indígena, atuou em conselhos ligados ao governo federal e organismos internacionais sobre sustentabilidade e direitos humanos.
Fundador do movimento internacional Digital Storytelling e diretor executivo do Center for Digital Storytelling. Com obras como Digital Storytelling: Capturing Lives, Creating Community, já facilitou milhares de oficinas em mais de 40 países, capacitando educadores, artistas e comunicadores.
Historiador, escritor e doutor em Humanidades pela USP. Com mais de 40 anos de experiência, foi idealizador e coordenador do Programa Cultura Viva, política pública que se tornou referência internacional e foi exportado para outros países da América Latina por meio de iniciativas como o Ibercultura Viva.
Artista, documentarista, escritora e poeta indígena formada na Academia Nacional de Belas-Artes. Em 2013 foi nomeada diretora do Museu Nacional de Etnografia e Folclore, em La Paz, na Bolívia. Foi co-vencedora da Medalha Goethe, concedida pelo Instituto Goethe da Alemanha, por seu papel em fortalecer o intercâmbio cultural entre as duas nações em 2020.
Diretora e curadora do acervo do Museu da Pessoa. Doutora pelo Programa Humanidades, Direitos e Outras Legitimidades da FFLCH/USP. Tornou-se fellow da Ashoka e membro do Global Fellowship Team da Ashoka, rede global de empreendedores sociais, pelo impacto do seu trabalho em inovação social.
Maria Gaitán, política colombiana e arquiteta formada pela Universidade dos Andes, atua como Diretora do Centro Nacional de Memória Histórica, liderando projetos voltados à preservação da memória coletiva e o fortalecimento da democracia. Foto por Nathalia Angarita.
Artista argentino, presidente da Fundación TyPA e professor na Universidade Nacional de La Plata. Foi Secretário do Patrimônio Cultural da Argentina em 2016 e diretor de Patrimônio e Museus da Argentina de 2003 a 2007. Já ocupou também cargo diretivo no Museu Nacional de Belas Artes de Buenos Aires e desenvolveu o programa cultural da Fundação Antorchas (1992-2003). Foto por Luise Schröeder.
Tema do biênio do Museu da Pessoa.
Conheça histórias de vida relacionadas com justiça climáticas, presente no acervo do Museu da Pessoa.
“Porque a gente mora na favela, não podemos ter uma favela mais organizada, limpa? Afinal de contas, nós moramos aqui. Se eu posso fazer alguma coisa, eu vou fazer.”
Josefa Maria da Conceição Santos
“Em 1978 já veio a construção da hidroelétrica. Todos os colonos, tanto indígena ou animais que estivam por lá eram pegos e levados para cativeiro, se fosse indígena, era levado para outra aldeia.”
Simão Ocoy
Líder do povo Avá Guarani“Dá um valor diferente você entender que a vida não é só o que a gente vive aqui. Acaba motivando, porque a minha pesquisa é sobre como afetamos o planeta como um todo. Mas, no fundo, é para melhorar a sociedade.”
Celso Von Randow